quarta-feira, 30 de junho de 2010

Flora Brasiliensis



           A Flora Brasiliensis foi produzida entre 1840 e 1906 pelos editores Carl Friedrich Philipp von Martius, August Wilhelm Eichler e Ignatz Urban, com a participação de 65 especialistas de vários países. Contém tratamentos taxonômicos de 22.767 espécies, a maioria de angiospermas brasileiras, reunidos em 15 volumes, divididos em 40 partes, com um total de 10.367 páginas. Nada mais é do que um sistema de informação sobre a flora brasileira, tendo como base as imagens digitalizadas em alta resolução das pranchas. A digitalização das imagens está sob a responsabilidade do Jardim Botânico de Missouri. Os trabalhos referentes à atualização dos nomes estão sendo coordenados por pesquisadores do Departamento de Botânica do Instituto de Biologia da Unicamp. O CRIA é responsável pelo desenvolvimento do sistema on-line. O sistema de informação é composto pelos seguintes módulos: 
  • banco de imagens das pranchas digitalizadas em alta resolução
  • banco de metadados com informações sobre o conteúdo das imagens (nome científico da planta, volume, número, página, etc.)
  • banco de dados com todos os nomes citados na obra
  • sistema com ferramentas adequadas para que especialistas possam de forma colaborativa contribuir na elaboração de um catálogo de nomes atualmente aceitos, citando, quando for o caso, a sua correspondência na obra Flora brasiliensis.

Acesso ao banco de dados em http://florabrasiliensis.cria.org.br/opus

terça-feira, 29 de junho de 2010

Sonhos na visão de Freud

            O conteúdo onírico é de suma importância para a compreensão do inconsciente de quem o produz.  Por isso a Psicanálise vê com tanta atenção este produto da mente, que é o sonho.  Gastão Pereira da Silva define o sonho de uma forma que bem demonstra sua relevância. 

           "Uma função psíquica encarregada de compensar, de suavizar, de substituir uma realidade que nos  é  hostil por  outra totalmente  diferente, onde um novo mundo se descortina  diante  da alma e onde todas as nossas ações parecem absurdas justamente porque as mais censuráveis na sociedade em  que  vivemos gozam enquanto dormimos de uma espécie de liberdade condicional quando se expandem nos sonhos."     
            As descobertas de Freud, de que os sonhos têm um conteúdo psicológico fundamental revolucionaram o estudo da mente.  Antes os sonhos eram tidos como meros efeitos de um trabalho desconexo provocados por estímulos fisiológicos.  Os conhecimentos desenvolvidos por Freud trouxeram os sonhos para o campo da Psicologia e demonstraram que estes são somente a realização de desejos, disfarçados ou não, satisfeitos em pleno campo psíquico.

            Podemos sintetizar a teoria psicanalítica dos sonhos da seguinte maneira:  a experiência subjetiva que aparece na consciência durante o sono e que após o despertar chamamos de sonho é apenas o resultado final de uma atividade mental inconsciente durante este processo fisiológico que por sua natureza ou intensidade ameaça interferir com o próprio sono.  

             Chama-se sonho manifesto a experiência consciente, durante o sono, que a pessoa pode ou não recordar depois de despertar.  Seus vários elementos são designados como conteúdo manifesto do sonho. Os pensamentos e desejos inconscientes que ameaçam acordar a pessoa são denominados conteúdo latente do sonho.  As operações mentais inconscientes por meio das quais o conteúdo latente do sonho se transforma em sonho manifesto, chamamos de elaboração do sonho.