Você já tem a base que é o mais importante, pois é a fundação que sustenta toda a estrutura, mas ainda assim precisa procurar materiais de qualidade para garantir o sucesso da obra. Além disso precisa definir que tipo de construção será e que dimensões terá, afinal de contas você é o arquiteto e o mestre de obras, então é importante que ambas funções estejam bem definidas e resolvidas. O arquiteto é o cara que cria, que dá asas à imaginação, responsável pela beleza da obra, pela funcionalidade, pela adequação ao meio ambiente sem que agrida às outras construções e o mestre de obras é O CARA, o elemento chave da construção, aquele que pega tudo o que está no papel e transforma em realidade, o dono de uma sabedoria infinita.
Um arquiteto sem um mestre de obras não serve pra nada, o mestre de obras precisa do arquiteto pra seguir um plano, mas não depende dele para construir. O ideal é que vivam em harmonia, mas na prática é bem diferente, vivem brigando entre si, porque um se preocupa com a estética e o outro se preocupa com as possibilidades reais. Aí vêm as tempestades e desestabilizam a estrutura, perde-se muito material e é preciso trabalho árduo para recuperá-la, mas é justamente nessa hora que vemos o quanto é importante que a fundação seja forte, porque assim não precisamos iniciar tudo do zero. E arquiteto e mestre de obras juntos reiniciam a construção, sabendo que de nada adianta uma grandiosa obra feita de forma superficial.
Mas há de se ter o cuidado para que o material não seja tão rígido a ponto de fazer com que a construção perca a suavidade, de nada adianta ter paredes de concreto e aço sem absolutamente nada para apreciar. Por isso, é preciso um equilíbrio entre os dois elementos e cada andar construído é uma etapa necessária que deve ser concluída com sabedoria e paciência. Su Franke disse: "O que as pessoas não entendem é que a real beleza da arquitetura se dá à sua função e ao que ela abriga". Essa construção abriga nossos valores, princípios, nossos sonhos, conquistas, traumas, experiências, tristezas, alegrias, realizações, frustrações. Abriga quem somos. E a sua função é nos fazer achar o equilíbrio entre a razão e a emoção, a união entre o arquiteto e o mestre de obras. É focar no que é realmente importante e seguir em frente, sem medo de amadurecer.
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